terça-feira, 27 de abril de 2010

Idéias e Formas na História do Design: uma investigação estética

A estética foi primeiramente utilizada na história no século XVIII onde Baumgarten se fundamentou em um modelo criado por Leibniz para estudar a natureza espiritual do homem, onde há três diferentes níveis: razão (lógica), vontade (ética) e sentimento (estética).
A palavra estética vem do grego “aisthésis”, percepção e sensação, e atualmente recebeu a definição de “ciência do belo”.

A estética, enquanto nome de uma ciência tem três interpretações básicas:
1. Estético é tudo aquilo que se pode compreender sensorialmente por meio dos sentidos. Em outras palavras, é a percepção da realidade que não se contrai pelo conhecimento noético (espiritual).
2. Estética é a ciência que estuda o belo, o que é agradável, sublime. Assim sendo, o estético é o belo.
3. Estética é a ciência que estuda a arte. Estético = artístico.
As teorias acerca da estética podem mudar de acordo com os métodos: Comparativos, quantitativos, qualitativos, ou pela relação entre o aforístico e o sistemático. O processo estético pode ser tematizado através de muitas teorias, as principais são: Ontologia, Teoria, Processo e Psicologia. A estética é uma ciência constituída por diversas teorias, muitas vezes com conflitos entre si, o que faz do conceito de belo algo extremamente relativo.

Ontologia é conhecimento do ser. Na estética a ontologia se ocupa da origem, causa e natureza do belo = O que é o belo.
Assim, como Pitágoras, que "identificou a origem do belo nas leis objetivas da natureza, que se expressam nas estruturas e formas da matéria", podemos também observar o belo no mundo da moda. Nele, há a necessidade de materialização do conceito de beleza, segundo a estética social, a moda observa o comportamento e o cotidiano, traduzindo para o vestuário os desejos do público alvo.

O belo interpretado por Platão, Aristóteles e Plotino:
- Platão se preocupa com a idéia do belo. Para ele, o belo é o bem, a verdade, a perfeição.
-Ao contrário de Platão, Aristóteles, não se incomoda com a idéia do belo. Aristóteles se preocupa com assuntos relativos à técnica artística, pois, para ele, a beleza se fundamenta na proporção das partes.
Ambos Platão e Aristóteles concordam com a objetividade do belo (ideal ou real).
- Já Plotino acredita que a natureza do belo é explicada pela experiência subjetiva. Aqui o belo depende da interpretação individual, ou seja, subjetiva.
- Na estética de Platão pode-se diferenciar três momentos: Uma de tese de natureza emocional, onde existe o entusiasmo com a natureza, o segundo momento se concretiza a partir da antítese racional, onde há a crítica da arte como mimese. Por último, o terceiro momento há uma síntese normativa, ou seja, uma estética feita de ordens.
- O tema da estética de Platão é o estudo das idéias sobre o belo. O conceito de “idéia” de Platão se deriva de Sócrates.
- O tema da estética de Aristóteles é o estudo da arte.

A Teoria do Conhecimento = processo do conhecimento da realidade.

Empirismo = Princípio que se baseia na observação, medição e experimento de casos concretos como a principal fonte de conhecimento.

Através do empirismo, o bom senso do gosto (belo) se dá por meio da percepção e observação sensoriais.

Para Kant existem dois níveis diferentes quando se trata do relacionamento entre sujeito e objeto:
- Relação entre o conteúdo do objeto e a compreensão do sujeito, podendo existir a satisfação com o útil e com o bem.
- Relação entre a forma do objeto e o gosto do sujeito. O belo não é o bem (universal) e o útil (individual).

Juízo estético = quando se dá valor a um objeto em padrões de beleza.

Kant  O belo passa a existir para o sujeito, deixando de existir como algo em si. Ele crê que qualquer pessoa é capaz de estabelecer juízos estéticos e de julgar objetos como belos.

Processo estético = criação e observação.

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